Cinquenta e sete mil pessoas morrem por ano no Brasil por causa do consumo de ultraprocessados.

É que afirma pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da USP, em estudo publicado no Jornal Americano de Medicina Preventiva, que é uma revista científica.

A pesquisa foi feita com base no consumo nacional de alimentos em 2017–2018 e dados demográficos e de mortalidade de 2019; e considerou mortes de pessoas entre 30 e 69 anos.

São considerados alimentos ultraprocessados aqueles que são produzidos com muita adição de ingredientes como sal, açúcar, óleos e gorduras, por exemplo, além de substâncias sintetizadas em laboratório, como corantes.

Eles são alimentos que afetam de várias maneiras a saúde. Estão diretamente associados, por exemplo, ao risco mais elevado de obesidade e doenças cardiovasculares.

De acordo com dados do estudo, em 2019, 541.160 pessoas com idades entre 30 e 69 anos morreram - aproximadamente 57 mil dessas mortes estão associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados, o que representa 10,5% de todas as mortes prematuras em adultos da faixa etária analisada.

Ainda de acordo com as análises científicas, a redução de apenas 10% das calorias consumidas através de alimentos ultraprocessados na dieta diária dos adultos brasileiros seria capaz de poupar a vida de 5.900 pessoas.

Se o consumo for cortado pela metade, cerca de 29.300 óbitos poderiam ser evitados.

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