A vocação do catequista, assim como qualquer outra vocação, nasce de um chamado pessoal de Deus para a pessoa, a qual responde por meio do seguimento de fé e se colocando a serviço, este é o teu sim.
por Ronildo Rocha – Redação Rádio Nazaré
Neste sentido, espera-se que, aqueles que foram iniciados na fé e sintam-se chamados ao serviço da catequese na comunidade, tenham a plena consciência de sua vocação, pois comprometerá sua vida em benefício de gerar mais vida para o seu próximo. Dessa forma, o material de formação Metodologia da Iniciação à vida Cristã enfatiza o seguinte: “o catequista busca seguir Jesus Cristo, conhecendo-o cada vez mais em sua Palavra refletida pessoalmente, e proclamada na celebração da comunidade. Da experiência de convivência com o Mestre no cotidiano, brota o testemunho do seu ‘ser’ cristão no mundo, que procura se ajustar à vontade de Deus. É, sobretudo, uma pessoa de fé e de vida em comunidade”. Aqui, já se sente que, não há catequista sem vida em comunidade, pois a sua vida vocacional é construída, desenvolvida e dissolvida na comunidade para conduzir outras pessoas no caminho de Cristo.

O catequista hoje, passa por uma transformação cultural e pastoral através do itinerário da IVC (Iniciação à Vida Cristã). Isto porque o catequista no passado era compreendido pela comunidade como aquele que mostrava o caminho, assim como João Batista apontou para Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus”. O catequista hoje, não só mostra, não só ecoa a Palavra, ele mesmo é chamado a viver a experiência através da leitura orante da Palavra de Deus, ou seja, ele mesmo faz a experiência com Jesus Cristo, para então conduzir os catequizados, a comunidade à Cristo. Isto porque, o catequista não fala em nome de si próprio, mas em nome de Jesus Cristo, é Cristo quem o catequista anuncia na comunidade, assim já exortava São Paulo em 2 Cor 4, 5 “não pregamos a nós mesmo, mas a Cristo Jesus, Senhor”. Desta forma, o catequista hoje é chamado a ser querigmático, aquele que anuncia, que ecoa mas também a ser mistagogo, aquele que conduz ao mistério, que é o próprio Cristo. Por isso, o catequista hoje, mais que nunca, está e deve caminhar na sinodalidade, isto é, junto com a comunidade. O Diretório para a Catequese vai dizer que a comunidade é o ‘útero no qual para alguns de seus membros nasce a vocação específica ao serviço da catequese”. Assim, a relação do catequista com a comunidade é intimamente ligada e não este sem aquela.
Portanto, o serviço do catequista na comunidade é um dos pilares fundamentais para o fortalecimento da fé cristã e para a educação religiosa das novas gerações. O catequista não é apenas um transmissor de ensinamentos, mas é um mistagogo, um agente de transformação espiritual, um guia que conduz as pessoas a um relacionamento mais profundo com Deus e com a comunidade de fé. E, sua vocação só dará fruto se estiver alicerçada na fé em Jesus Cristo e à serviço da comunidade.
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