Durante o Encontro de Bispos da Pan-Amazônia, que acontece em Bogotá, na Colômbia, até quarta-feira, 20 de agosto, o Papa Leão XIV enviou uma mensagem aos participantes destacando a missão da Igreja na região. Em telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, o Pontífice afirmou ser “necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia”.
O encontro, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), reúne mais de 90 bispos de 76 jurisdições eclesiásticas dos nove países amazônicos. Eles estão em discernimento sobre os desafios pastorais e missionários diante da realidade de mais de 33 milhões de pessoas que vivem na região, incluindo indígenas, ribeirinhos, camponeses e afrodescendentes.
No telegrama, Leão XIV destacou três dimensões interligadas da ação pastoral: o anúncio do Evangelho, o cuidado com os povos amazônicos e a preservação da casa comum. O Papa ressaltou que a evangelização deve oferecer “o pão fresco e límpido da Boa Nova e o alimento celeste da Eucaristia”, recordando que a fé cristã também se traduz em compromisso contra a injustiça social.
A mensagem também reforça a importância do cuidado ambiental, recordando que se trata de um “direito e dever” confiado por Deus à humanidade. “Ninguém deve destruir irresponsavelmente os bens naturais que falam da bondade e beleza do Criador”, afirma o texto, que encerra com a bênção apostólica do Pontífice.
Este é o primeiro grande encontro episcopal da região após o Sínodo para a Amazônia, realizado em 2019, e a publicação da exortação apostólica Querida Amazonia, do Papa Francisco. O evento também reflete o caminho sinodal que deu origem à própria Ceama, criada em 2021.
O Brasil também está representado no encontro por diversos prelados, entre eles Dom Neri José Tondello, bispo da Diocese de Juína. Sua presença reforça o compromisso da Igreja no Mato Grosso com a causa amazônica e com o fortalecimento da pastoral junto às comunidades locais, especialmente as que vivem em áreas de floresta e de fronteira agrícola, como as de nossa diocese.
Fonte: CNBB
Imagens: CNBB
Matéria de Andressa Collet - Vatican News
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