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Em reunião do Conselho Episcopal Pastoral, bispos estudam as análises de conjuntura social e eclesial

encontro, na sede da entidade, em Brasília (DF), reúne a Presidência da CNBB, os presidentes e assessores das Comissões Episcopais e representantes de organismos do Povo de Deus.

Em reunião do Conselho Episcopal Pastoral, bispos estudam as análises de conjuntura social e eclesial
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Na manhã desta terça-feira, 23 de setembro, teve início a última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) neste ano de 2025. O encontro, na sede da entidade, em Brasília (DF), reúne a Presidência da CNBB, os presidentes e assessores das Comissões Episcopais e representantes de organismos do Povo de Deus. Nas reflexões, na pauta e nos debates, as preocupações e iniciativas em vista da ação evangelizadora da Igreja no Brasil.

Por Luiz Lopes Jr - CNBB

COP30

O primeiro tema abordado na reunião foi a análise de conjuntura social, sobre o contexto da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima, a COP30, marcada para novembro, na cidade de Belém do Pará (PA). O material apresentado pelo Grupo de Análise de Conjuntura Padre Thierry Linard buscou oferecer “uma avaliação para o presente e algumas indicações para o futuro”, segundo o bispo de Carolina (MA) e presidente do grupo, dom Francisco Lima.

Dom Francisco Lima | Foto: Fiama Tonhá/CNBB

Ele resgatou o histórico das Conferências do Clima, o contexto da conferência deste ano em mundo em conflito e frente a uma emergência climática cada vez mais grave. Foi identificado que há “muitas negociações e poucas decisões concretas”, além de uma crise no multilateralismo, a cooperação de diversos países na busca de soluções frente à crise climática.

Dom Francisco também expôs sobre a expectativa para a primeira COP na Amazônia e os cenários que se apresentam. O fato de a COP ter como sede o bioma Amazônico é um aspecto positivo entre os cenários apresentados, “um gesto político forte”, junto com o protagonismo do chamado Sul global, onde estão os países mais pobres e muitos em desenvolvimento.

Mas também há fatores que acendem alertas, como o risco da COP30 ser usada como “vitrine verde” para governos e corporações que continuam atuando em desacordo com práticas sustentáveis. A infraestrutura e a logística de Belém também são desafios, além de resultados insuficientes nas COPs anteriores e o espaço limitado para comunidades tradicionais.

A análise apresentou ainda os seis grandes eixos temáticos propostos pelo Brasil e seus objetivos-chave que buscarão serão impulsionados durante a conferência, e a contribuição da Igreja no processo da COP, um fator de esperança.

Os bispos partilharam da importância de levar a preocupação do cuidado com a criação confiada por Deus a seu povo a todos os ambientes da Igreja e discutiram ações que podem ser realizadas para reforçar a tradição de louvar a Deus pela obra criada, além de aprofundar o tema nos próximos anos.

O texto na íntegra está disponível aqui.

Conjuntura eclesial

No contexto da preparação das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE), os bispos pediram ao Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ) uma reflexão sobre algumas expressões religiosas atuais caracterizadas pela “Espiritualidade do Combate”. A nova redação das Diretrizes busca refletir a eclesiologia do povo de Deus em comunhão, e considera a realidade das expressões de piedade popular no país.

A apresentação relacionou os dados e as características da religiosidade no Brasil a partir do Censo 2020, como a pluralidade, a mobilidade e o trânsito religiosos, a individualização das crenças, o enfraquecimento da dimensão institucional e as mudanças internas em tradicionais manifestações religiosas para buscar entender o fenômeno da denominada “Espiritualidade do Combate”.

Para o Inapaz, o processo de secularização da sociedade brasileira e a espiritualidade de combate têm uma relação que precisa ser entendida. Tal espiritualidade se expressa em termos como luta, guerra, batalha, arma, soldado, exército. “É, ao mesmo tempo, compreensão de vida e linguagem”, segundo observou o bispo de Petrópolis (RJ) e presidente do Inapaz, dom Joel Portella Amado.

Realidade diversa e expressão da piedade popular, geram atração e preocupação naqueles que a vivenciam, e, segundo o Inapaz, exige dos bispos discernimento pastoral.

Esse discernimento se desenvolve em seis etapas, que consideram:

  • o contexto religioso do tempo e do lugar;
  • as interações desse fenômeno com uma realidade de polarização;
  • a reflexão sobre ser instrumento da paz diante de expressões que tratam de guerra e combate;
  • a necessidade de compreensão do que implica acreditar em Deus e seguir Jesus Cristo;
  • as motivações para a formação de comunidades;
  • e a possibilidade de acolher as experiências e propor os valores de paz, mansidão, misericórdia, reconciliação e perdão.

No período da tarde, os bispos se debruçaram sobre os seguintes temas: Campanhas para a Fraternidade 2026, Campanha para a Evangelização 2025, a constituição de um fundo para preservação do patrimônio histórico religioso do Brasil e o processo de recepção na Igreja no Brasil sobre a Sinodalidade e os avanços e perspectivas das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.

O segundo dia, 24 de setembro, será dedicado às Comunicações do Secretariado-Geral, Projeto “Lava-pés” – Ministério da Saúde, comunicações e informes das comissões e outras instituições.

Fonte: Cnbb

FONTE/CRÉDITOS: Cnbb
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